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Carta de uma suicida.
Oi, lembra-se de mim? Eu costumava ser aquela menina que sempre ria de tudo, que sempre fazia de tudo para que as outras pessoas se sentissem bem. Lembro quando eu era motivo de zuação na escola, ”ah mais isso passa, coisa de escola, nada vai interferir” Engano de vocês, toda essa ”zuação” me causou dores, dores fortes, não foi apenas a escola e a zuação das outras pessoas que me levaram a fazer o que estou fazendo [..] Estou confusa sobre algumas coisas ainda, não sei bem como resolve-los mas fugir eu sei que é uma péssima escolha, mas nesse momento não tenho opções.Quando eu apertar o gatilho eu posso ir para o inferno ou para o céu, não se sabe. Vou sentir falta de algumas pessoas, raras que dá-se para se contar nos dedos, mas isso passa. Obrigada por alguns momentos de felicidade, e pelos momentos de tristeza. Não julgue, não chore quando eu for embora e nunca mais voltar. Não preciso de pessoas chorando falsidades para min [..]Sempre senti muito minhas emoções, elas sempre pareciam duplicadas, sempre me causaram um estrago muito grande. Queria ser suficiente pra alguém, ser suficiente pra min. Caso você ainda não percebeu, meus olhos estão inchados de tanto deixar cair lágrimas perdidas. A menininha feliz já não existe mais. Ela se perdeu no mar de ilusões e perdições. Não me arrependo de tudo que fiz, algumas coisas foram necessárias, outras não. Algumas me arrependo de ter feito[…] Isso foi apenas um prologo, que nunca vai ser lido corretamente pela pessoa certa.
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